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Bavarian lovers

     Michi nasceu e passou toda infância e adolescência na fria e montanhosa Bavaria. Raquel é carioca e curti queimar a pele nas areias quentes do Rio de Janeiro. Ele resolveu conhecer a América e deu aquela passada clássica no Rio antes de ir pra selva. Ela não estava tão pilhada pra sair aquela noite, mas aceitou o convite da amiga. Michi achou que ia ser uma boa conhecer os famosos bares de Santa Teresa. Elas resolveram ir para Santa Teresa. Ele disse para o amigo que precisava namorar aquela carioca que tinha conhecido. Meses depois eles decidiram morar juntos em Mannheim, na Alemanha.

     A vida é isso. Incerta e perfeita. As vezes queremos tomar as rédeas do futuro, predeterminar caminhos e escrever com exatidão nosso trajeto aqui com uma vida de antecedência. Besteira que só gera ansiedade.

     Foi assim também em nosso primeiro dia na Bavaria. Estávamos na cidade natal do Michi, um povoado chamado Schwangau, nos pés dos Alpes Bávaros. Tínhamos programado para conhecer um lago e uma cachoeira onde o Michi ia quando mais novo. Mas o tempo não estava ajudando, chovia, fazia frio e acabamos saindo às 13h. Por lá os dias são bem curtos e as 16:30h a noite já está caindo. Cogitamos a idéia de conhecer apenas um lugar. Naquela pressa de querer encontrar o lago que haviam comentado, fomos a outro. Lindo. Alpes nevados ao fundo e as cores de outono predominando por toda extensão. Por todo lugar que andávamos conseguíamos avistar algum castelo nas montanhas. Cinematográfico. Fomos a outro lago na sequência, outro e mais outro. Tempo passava devagar e muita coisa acabou acontecendo.

     No final acabamos conhecendo vários lugares naquele tempo que tínhamos. Mas ninguém esperava aquele horizonte laranja, nem a pequena igreja branca no meio do campo. Corremos até ela vendo a neve cair lá encima nas montanhas. Tudo fora dos planos, mas nada podia ser mais perfeito.

     Essas incertezas da vida. 

     Ah! Se fosse você não seguia para as fotos sem antes apertar esse play!

Lísia + Fernando: Vintage session

     Era uma tarde ensolarada de domingo quando peguei a estrada em direção a maior praia em extensão do mundo. Combinei de encontrar eles na faculdade antes de irmos para lá. O mar estava de ressaca nos dias anteriores e então passei pela praia antes para ver a situação. Tudo bem. A maré havia baixado e o mar recuou, deixando montes de lama do tamanho de bolas de futebol por todo lugar. Muito louco.

     Passei na faculdade para encontrar os dois e logo encontrei esse casal querido que veio em minha direção, sorridentes e felizes. Nossa idéia era fazer uma sessão com pegada vintage pra marcar essa época gostosa de noivado dos dois. Casal que ama carros de época, fazer um som, namorar e pegar uma praia. Ficamos juntos até o final de tarde quando o sol caiu e o frio bateu. Dezenas de cataventos ao fundo pareciam que empurravam rajadas de vento gelado em nossa direção.

     Acho demais esses finais de tarde que saio para fotografar o amor de alguém. São poucas horas, em média 2h, mas fico tão concentrado em perceber as maneiras de carinho, as expressões de cada um, os gestos tão sutis de um instante, que minha percepção de tempo muda. Não parece que foram 2h, mas bem mais que isso. Casamento então...

     Por falar nisso, abril é o deles. Nos vemos lá!